O mês de agosto é considerado como veículo para promoção da amamentação. Desde a sua criação, em 1948, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem ações voltadas à Saúde da Criança, na tentativa de reduzir a mortalidade infantil.
Segundo o Ministério da Saúde, o mês da campanha é conhecido como “Agosto Dourado”, porque a cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno.
Anatomia das mamas
Para entender melhor a produção do leite materno, vamos escrever rapidamente a anatomia das mamas.
As mamas são formadas por um conjunto de glândulas, que tem como função principal a produção de leite. É constituída por lobos mamários, representados por ductos terminais que se exteriorizam pelo mamilo, vasos sanguíneos, linfáticos e elementos nervosos. A circulação arterial é proveniente da artéria torácica interna e das artérias intercostais posteriores.
Os mamilos têm capacidade erétil, em resposta a estímulos sexuais, tácteis ou térmicas como o frio.
Produção do leite
Em função dos hormônios estrógeno e progesterona – secretados pela placenta, as mamas ficam maiores, mais sensíveis e têm seus vasos sanguíneos dilatados. Já a produção do leite propriamente dito só tem início após o parto, quando outros hormônios, como a prolactina e a ocitocina, entram em cena, esses hormônios estimulam a produção do leite nos alvéolos mamários e células do interior das mamas. Todo o processo é reiniciado a cada amamentação, por isso, os pediatras explicam que, quanto mais o bebê mamar, mais o corpo vai produzir e liberar leite.
Por falar nisso sabia que o Primeiro Leite produzido pela mãe é o “colostro”?
No início a produção é muito pequenas, só 40 a 50 ml em 24 horas, mas como o estômago do bebê é do tamanho de uma bolinha de gude, não vai precisar de mais. O colostro também é muito fácil de digerir. E o que não tem em quantidade compensa com qualidade.
Benefícios do aleitamento materno
Para o bebê:
- Protege contra doenças;
- Previne a formação incorreta dos dentes e problemas na fala;
- Proporciona melhor desenvolvimento e crescimento;
- Dispensa água ou outras comidas até os seis primeiros meses de vida do bebê;
- Maior contato com a mãe;
- Melhora a digestão e minimiza as cólicas;
- Desenvolve a inteligência quanto maior o tempo de amamentação;
- Reduz o risco de doenças alérgicas;
- Diminui as chances de desenvolver Doença de Crohn e linfoma;
- Estimula e fortalece a arcada dentária;
- Previne contra doenças contagiosas, como a diarreia.
Para a mãe:
A mulher se prepara para amamentação, assim como para sua gestação. Esse momento gera uma ansiedade que pode dificultar o processo, uma vez que a produção e descida do leite nas glândulas mamárias é ativada por hormônios que sofrem total influência dos altos níveis de estresse.
O aleitamento materno é essencial. Vamos sempre incentivá-lo e reforçar de forma positiva a todas as mamães!
Texto de Maria Eugênia
Auxiliar de Coordenação da Escola de Enfermagem ABC “Myrthes Silva”
Referências
https://www.sbp.com.br› pediatria-para-familias › nutricao