Os ambientes hospitalares são compostos por diversos tipos de riscos, como biológicos, físicos, químicos, ergonômicos. Adotar essa prática é uma forma de controlar e reduzir os perigos de causar acidentes e doenças ocupacionais, comprometendo a integridade física, o bem-estar e a qualidade de vida dos colaboradores.
APLICAÇÃO DA BIOSSEGURANÇA NA ENFERMAGEM:
É fundamental seguir as normas e os procedimentos estabelecidos com o intuito de manter um ambiente de trabalho mais seguro e apto a prevenir os riscos de doenças e acidentes no trabalho.
1. IDENTIFICAR OS TIPOS DE RISCOS
Os riscos precisam ser mapeados conforme as suas características, para que sejam mais bem compreendidos, e as estratégias mais eficientes serem aplicadas. Eles podem ser:
– Agentes químicos (vermelho) — produtos químicos de diversas formas, como medicamentos, formol e ácidos;
– Agentes físicos (verde) — equipamentos que geram frio, calor, radiação, centrífugas, autoclave.
– Agentes biológicos (marrom) — agentes biológicos, por exemplo, bactérias, vírus e fungos;
– Agentes mecânicos/de acidentes (azul) — espaço físico inapropriado para a realização do trabalho, iluminação inadequada, possibilidade de incêndio e demais;
– Agentes ergonômicos (amarelo) — outras atividades profissionais, como rotina intensa, estresse físico e mental, levantamento de peso, postura inadequada e esforço repetitivo.
2. UTILIZAR OS EPIs
A instituição é obrigada a fornecer, de forma gratuita, os equipamentos de proteção individual para que o empregado tenha condições de desenvolver suas atividades com proteção. São mais utilizados na área da saúde:
Luvas — protegem contra os riscos químicos, biológicos, sendo bastante usadas na manipulação de produtos contaminantes;
Avental — serve como barreira contra certas substâncias e microrganismos;
Touca — protege contra partículas que possam contaminar o trabalhador e a queda de fios de cabelos em materiais ou ambiente hospitalares.
Óculos — evita a exposição dos olhos a agentes biológicos, físicos e químicos;
Máscara — previne o risco de contaminação por vias respiratórias;
Calçados — de acordo com a Norma Regulamentadora Nº 32, ficam impedidos o uso de sapatos abertos na realização das atividades.
3. HIGIENIZAR AS MÃOS CONSTANTEMENTE
As mãos são um dos principais veículos que transportam microrganismos. Por isso, em um ambiente hospitalar, onde existe o contato com diversas doenças e materiais infectantes, o cuidado com a higienização delas é imprescindível. As mãos devem ser lavadas com água e sabão com frequência, com o intuito de evitar a contaminação cruzada hospitalar.
4. MANIPULAR CORRETAMENTE OS MATERIAIS
A manipulação correta dos materiais hospitalares é outra ação importante para a aplicação da biossegurança em enfermagem. Isso porque é imperativo saber o que deve ser feito ao manusear agulhas, sangues, itens cortantes, entre outros.
Nesse caso, deve-se criar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS), que se trata de um documento técnico onde estão inseridas todas as medidas de segurança referentes aos resíduos.
5. DESCARTAR OS RESÍDUOS ADEQUADAMENTE
Os protocolos e as normas de biossegurança devem englobar o descarte de todos os tipos de resíduos:
- potencialmente infectantes — aqueles que podem conter agentes infecciosos e geram riscos biológicos, como vestígios de fluidos, devem ser descartados em sacos de lixo branco e recolhidos por empresa especializada no cuidado com lixos hospitalares;
- químicos — resíduos que contenham substância química, como tóxicos, inflamáveis e corrosivos, também devem ser coletados e tratados por empresa especializada;
- radioativos — resíduos que apresentam radioatividade superior ao padrão precisam ser tratados em observância às normas de biossegurança;
- comuns — aqueles que não foram contaminados e não geram riscos de contaminação, como plásticos e papéis, podem ser descartados de forma habitual e levados para a coleta de rotina;
- perfurocortantes — qualquer material que possa cortar ou furar, como agulhas, vidros e pérfuros, precisam ser descartados em caixas amarelas específicas e coletadas por empresa especializada.
6. DESINFETAR AS SUPERFÍCIES
É necessário desenvolver manuais de procedimentos relacionados à limpeza, desinfecção e descontaminação de áreas, equipamentos, superfícies, EPIs. Álcool, água corrente, sabão e detergente são soluções eficientes para eliminar o risco biológico, como fluidos e sangues. Tudo deve ser limpo antes e depois da sua utilização, com a finalidade de evitar a propagação de microrganismos residuais.
7. TREINAR A EQUIPE
O treinamento dos colaboradores, são essenciais, a reciclagem é fundamental, precisam conhecer os riscos aos quais estão expostos para que tenham a total consciência da importância de seguir à risca os protocolos apresentados.
Precisamos evitar a contaminação para uma excelente saúde física e mental!